Para além deste facto, o que mais impressiona é a dimensão de tudo o que nos rodeia. Os edifícios são gigantes e na sua maioria encontram-se em obras de requalificação, visto terem sido, quase todos, edificados por Hitler.
Em conversa com os guias turísticos entendemos que ninguém gosta de falar da 2ª Guerra Mundial e que sentem extrema vergonha quando recordam o que aconteceu no século passado. Durante o tempo, que passei na Alemanha, não ouvi uma única vez o nome de Hitler..simplesmente não o dizem na esperança de esquecer que ele um dia existiu!
Estão plantados muitos monumentos e Igrejas por toda a cidade, respira-se história por onde quer que se ande. E é impressionante a distância que se tem de percorrer para simplesmente dobrar uma esquina.
Quando entramos nas Igrejas podemos entender que Hitler usava e abusava do nome de Deus para conseguir atrair a população e coagir mentalidades, recorrendo à figura da morte e do purgatório como castigo a quem não seguisse os seus valores e ideais.
O centro do comércio em Berlim é Alexandra Plazza e lá encontramos a vida da cidade. As lojas são muito semelhantes às nossas e o preço dos bens essenciais chega a ser mais em conta do que em Portugal.
As pessoas são afáveis mas um pouco desconfiadas. Constata-se que existe alguma pobreza um pouco por todo o lado, comprovada com a existência de famílias de anarquistas punks que vivem nas ruas e se recusam a viver segundo as normas da sociedade, provocando algum desconforto a quem visita a cidade.
Com mais 8 horas de viagem de comboio alcança-se a fronteira de Luxemburgo e consegue-se atravessar todo o território alemão.
No caminho consegue-se avistar grandes marcos da economia alemã, como as fábricas que ajudaram a edificar o País.
Em suma, a Alemanha não é um País de que se goste logo à primeira vista. Sente-se que existe uma cultura de extremos, onde por um lado tudo o que é de fora é visto com alguma desconfiança e sente-se vergonha de relembrar o passado mas por outro as novas gerações tentam recuperar o atraso de uma nação em ruínas causada pela guerra.
Vale a pena visitar, pelos preços convidativos de vida que se pratica e pelos momentos de história que se respira em cada quilometro que se percorre.
2 comentários:
Mais um excelente relato, das-me vontade de ir viajar. ;)
obrigado pelo comentario no meu blog, prometo que vou continuar a "tentar" criar e inovar.. ;)
Não tens que agradecer...viaja porque acredita que, para mim, é a maior fonte de inspiração que conheço ;)
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